
Nem sempre o sexo explícito nas histórias em quadrinhos é pornografia. Na época da Grafipar houve uma escrachada no erotismo e a maioria escreveu e desenhou histórias pornôs no seu sentido mais amplo. Mas quando eu fazia parceria com Roberto portella procurava escrever histórias com pitadas de humor, com o sexo aparecendo abertamente mas procurando dar um enredo para toda aquela pegação.
Lembro de uma história em que uma mulher quando gozava caia na gargalhada. Moral da história: todo cara que se relacionava com ela brochava. A moça ficou famosa pelo seu "orgasmo do riso" no momento supremo da gozada. Um dia ela recebeu um "cliente" e os dois dispensaram as preliminares partindo direto para a ação. No vai-e-vem o cara começou a gargalhar e gozou antes da mulher. Então ele continuou e ela gozou depois de um intervalo. Porém, relachou e chegou ao orgasmo sem as tradicionais gargalhadas. Moral: o sujeito foi o "psicanalista" da jovem prostituta. Sabe o que aconteceu? Os dois terminaram por se casar. E assim foram várias histórias nossa, dando um novo rumo aos quadrinhos eróticos (ou pornôs).
Semana passada descobri o blog BD Voyeur de Jorge Machado-Dias. Excelente a abordagem sobre o sexo na sua forma e contexto de sadismo e mazoquismo. Vale conferir. O endereço é: http://www.bdvoyeur.blogspot.com/