sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Sexo nas histórias em quadrinhos


Nem sempre o sexo explícito nas histórias em quadrinhos é pornografia. Na época da Grafipar houve uma escrachada no erotismo e a maioria escreveu e desenhou histórias pornôs no seu sentido mais amplo. Mas quando eu fazia parceria com Roberto portella procurava escrever histórias com pitadas de humor, com o sexo aparecendo abertamente mas procurando dar um enredo para toda aquela pegação.
Lembro de uma história em que uma mulher quando gozava caia na gargalhada. Moral da história: todo cara que se relacionava com ela brochava. A moça ficou famosa pelo seu "orgasmo do riso" no momento supremo da gozada. Um dia ela recebeu um "cliente" e os dois dispensaram as preliminares partindo direto para a ação. No vai-e-vem o cara começou a gargalhar e gozou antes da mulher. Então ele continuou e ela gozou depois de um intervalo. Porém, relachou e chegou ao orgasmo sem as tradicionais gargalhadas. Moral: o sujeito foi o "psicanalista" da jovem prostituta. Sabe o que aconteceu? Os dois terminaram por se casar. E assim foram várias histórias nossa, dando um novo rumo aos quadrinhos eróticos (ou pornôs).

Semana passada descobri o blog BD Voyeur de Jorge Machado-Dias. Excelente a abordagem sobre o sexo na sua forma e contexto de sadismo e mazoquismo. Vale conferir. O endereço é: http://www.bdvoyeur.blogspot.com/

domingo, 3 de outubro de 2010

Apache chega ao quarto número


Nada melhor que uma revista que tem uma personagem pra lá de atraente consiga chegar ao seu quarto número. Pois está acontecendo com Apache, de Tony Fernandes, publicada pela editora As Américas. Trata-se de um faroeste inovador e renovador. A personagem central é uma squaw, fruto de uma relação entre um tenente do Exército americano e uma índia da tribo Apache.

A revista contém cenas ousadas e suficientes para atrair o leitor. Mas Tony Fernandes soube incrementar um bom enredo nas aventuras da bela e sensual heroína.

Além disso, a revista de HQ está sendo muito bem divulgada pelo autor e, claro, com a distribuição em bancas de todo o País, o produto torna-se acessível aos consumidores do gênero. Uma prova que os quadrinhos brasileiros ainda podem atingir leitores de todas as idades e de todos os credos: sendo tratado como produto de consumo e por isso mesmo partindo para o comercial, a tendência a fazer com que Apache alcance seu principal objetivo: aumentar sua tiragem e fazer da mesma um sucesso tanto quanto Tex ou outro estilo qualquer desse tipo de imagem que tanto chama a atenção do público: o faroeste.